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A prática de exercício físico, não há dúvidas, traz muitos benefícios para a saúde. Mas os resultados positivos estão diretamente relacionados à atividade realizada e à forma como ela é feita. Há pessoas que optam por um esporte ou exercício específico; médicos e especialistas em Educação Física, contudo, recomendam diversificar para evitar lesões e obter mais ganhos para a saúde.

Para Marcelo Ferreira Miranda, do Conselho Federal de Educação Física, é preciso desmistificar a ideia de atividade física perfeita. Segundo ele, uma atividade recomendada para certa pessoa pode ser totalmente inadequada para outra:

– Entendo que, para se ter um condicionamento físico ideal, é necessário aliar três exercícios: de força, aeróbicos e de flexibilidade. Claro que a pessoa dará mais ênfase ao componente mais necessário à sua individualidade, isto é, levará em conta suas características, seu prazer e seu histórico de lesões e patologias, entre outros fatores.

Membro da Câmara Técnica de Medicina Desportiva do Conselho Regional de Medicina, Cláudio Gil, especialista em medicina do esporte, também destaca a importância de equlibrar e complementar as atividades.

– O sedentarismo é péssimo; fazer exercícios regularmente é bom. E ótimo é trabalhar o aeróbico, a força e a potência musculares, a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação, além de eliminar gordura. Dificilmente uma modalidade vai proprocionar tudo isso – diz ele.

Não faltam, porém, exemplos de praticantes de um esporte só. São pessoas que se dedicam com regularidade a apenas uma atividade física, e nem cogitam mudar a rotina.

A estudante de Design de Interiores Anna Carolyna Buentes, de 29 anos, conheceu o kickboxing em 2007, e desde então se dedica ao esporte.

– Depois da aula de kickboxing, você vai embora da academia mais leve – destaca a aluna da Cia. Athletica. – Já tentei fazer jiu-jítsu e ioga, mas é disso que eu gosto.

A dedicação levou Anna Carolyna a disputar campeonatos nacionais e internacionais. Ela diz que o esporte só lhe trouxe benefícios:

– Sinto que, com o kickboxing, meu condicionamento físico melhorou muito. Eu também tinha medo de comer demais. Hoje, sei que preciso me alimentar bem para render no esporte.

Cláudio Gil diz que o adepto desta modalidade deveria complementá-la com um exercício aeróbico.

– No kickboxing, o praticante desenvolve muito a potência muscular, mas seria bom complementar a atividade com corrida, por exemplo – avalia.

O advogado Mauro Araújo, de 43 anos, já passou, segundo ele, por todas as academias da Barra. Mas foi no tênis que encontrou prazer e bem-estar físico e mental.

– Sou teimoso. Todos os técnicos dizem que não se consegue preparo físico nas quadras, que é preciso fazer musculação e corrida, mas não gosto de ambiente de academia. O tênis é ao ar livre, socializa, alivia o estresse e pode ser praticado dos 8 ao 80 anos – justifica.

São 12 anos ininterruptos jogando tênis pelo menos três vezes por semana, hábito que, assim como alegrias, rendeu-lhe alguns dissabores.

– Já tive inflamação no cotovelo três vezes, e tratei-as com gelo e fisioterapia – conta.

Além do perigo de lesões, Marcelo Miranda ressalta o risco de assimetrias para quem só pratica tênis.

– O tenista deve fazer fortalecimento e alongamento específicos para o lado não -dominante (no caso de destros, o lado esquerdo do corpo), a fim de evitar assimetrias significativas.

Nem a natação é um esporte completo

A musculação funcional é a escolha da empresária Duby Novak para garantir o bem-estar. Moradora da Barra, ela conta com personal trainer, e costuma fazer os exercícios em sua própria casa ou na academia do condomínio. Ela sabe que é bom equilibrar a musculação com outras atividades, mas o acompanhamento de um profissional a ajuda a não exagerar nos exercícios, apesar da prática diária.- A musculação funcional usa o peso do próprio corpo e é, para mim, uma espécie de tratamento anti-idade. Estou com 50 anos e me sinto muito bem disposta. Os exercícios ajudam a manter a coluna estável, o tônus muscular e o alto-astral – diz Duby.

Segundo o médico Cláudio Gil, a musculação é fundamental, envolve muitos componentes e trabalha bem a flexibilidade e o equilíbrio. Mesmo assim, deve ser complementada com exercícios aeróbicos.

Da mesma forma, diz ele, a natação, é o exercício que chega mais perto de oferecer tudo o que é necessário para o corpo, mas não pode ser considerada completa.

– A natação tem o componente aeróbico, desenvolve a flexibilidade e a potência muscular e ajuda quem a pratica a gastar calorias. Mas não é um trabalho de equilíbrio, por exemplo. É recomendável pedalar e correr também – explica.

Foi por considerá-la um exercício completo que Fabio Brasil optou por praticar natação, há seis meses.

– É a única atividade da qual realmente gosto, e acho que atende a todas as minhas necessidades. Procuro nadar diariamente, à noite, e, nestes seis meses, senti melhora no meu condicionamento físico – conta Brasil.

Para Cláudio Gil, as pessoas que optam pelos exercícios que têm mais facilidade para fazer estão cometendo um equívoco.

– O ideal é complementá-los com atividades em que a pessoa sinta maior dificuldade, porque assim ela vai trabalhar componentes que geralmente não trabalha – orienta.

Três hérnias de disco e uma paixão

Instrutor de hipismo da Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa, Luciano Blessmann chega a montar dez cavalos por dia. Morador da Barra, com a infância passada no Sul do país, ele pratica o esporte desde cedo e ainda participa de competições.

– Monto desde os 8 anos. Até dois anos atrás, fazia todo o circuito Brasil de competições. Hoje, dedico mais tempo à função de instrutor. Chego ao trabalho normalmente às 7h e fico até as 19h30m. Reconheço que é importante fazer um outro exercício, mas não tenho tempo nem interesse. Gosto da adrenalina da competição. Acho que o prazer do esporte é esse. Não sei nem nadar e não me vejo levantando peso ou pedalando – diz Blessmann.

O cavaleiro tem três hérnias de disco.

– O hipismo é um esporte de impacto e, de fato, prejudica a coluna, mas é também muito bom para desenvolver resistência – diz.

Àqueles que praticam o esporte, os especialistas recomendam complementá-lo com musculação.

– Este tipo de exercício fortalece a cintura pélvica e evita problemas lombares – explica o preparador físico Marcelo Miranda.

Morador do Península, Vinicius Magalhães corre quatro vezes por semana, quase sempre no Posto 6. Não só para manter a saúde, mas também como hobby. Participante assíduo das meia-maratonas do Rio, ele diz que não tem tempo para outros tipos de exercícios físicos.

– Sou personal trainer, e raramente consigo tempo para fazer outra coisa além da corrida. Só que fico feliz com esta atividade. Com ela, eu me sinto desafiado – conta.

Segundo Marcelo Miranda, é comum praticantes de corrida e caminhadas desenvolverem tendinites, entre outros problemas ortopédicos, por falta do devido fortalecimento muscular:

– Quem corre deveria também fazer exercícios de fortalecimento muscular e alongamentos.

E quem está numa fase sedentária, e deseja voltar ou começar a se exercitar? Os especialistas dizem que o primeiro passo é consultar um profissional, que, após uma anamnese e uma avaliação funcional, ajudará o paciente a montar um programa de exercícios adequado.

– O profissional identificará qual é a melhor opção, que depende do objetivo e das características do indivíduo. Natação seria a melhor atividade para quem tem alergia a cloro ou otites frequentemente? – indaga Marcelo Miranda. – Ele também dirá que não podemos nos dedicar a só uma atividade, pois corremos o risco de desenvolver lesões por esforço repetitivo e deixar de estimular sistemas orgânicos fundamentais. Por exemplo, quem só faz musculação estimula pouco o sistema cardiovascular, correndo o risco de desenvolver hipertensão, entre outras patologias. (Colaboraram Genilson Júnior e Thais Sousa).

Fonte: O Globo

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