Na primeira reunião da Frente Parlamentar do Esporte da Assembleia Legislativa, realizada na terça-feira, 26 de março, na Alesc, o projeto da reforma administrativa do governo do Estado que prevê a extinção da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) e a falta de fundos de recursos próprios para manter as políticas públicas da Fesporte foram amplamente discutidas por representantes do setor e parlamentares integrantes da frente. Os deputados decidiram priorizar estudos sobre a reforma, atuar para implantação do Plano Estadual de Esporte e Lazer (PEEL) e para que o governo do Estado dê maior autonomia financeira e administrativa a Fesporte. Participaram da reunião os conselheiros Darcio de Saules (CREF 000170-G/SC), representando o CREF3/SC, Marino Tessari (CREF 000007-G/SC), representando o CONFEF, o gestor do CREF3/SC, Jean Carlo Leutprecht (CREF 000012-G/SC) e o assessor de Atividades Externas do CREF3/SC, Juliano Prá (CREF 000258-G/SC).
Com auditório lotado por representantes do setor, dez deputados manifestaram apoio ao desenvolvimento do esporte catarinense, destacando a importância econômica e social para todos os municípios com os eventos promovidos pela Fesporte. O coordenador da frente, deputado Fernando Krelling, conselheiro do CREF3/SC, disse que a meta é de promover a cada dois meses reuniões para discutir as prioridades do esporte e que neste primeiros dias haverá uma preocupação com a reforma administrativa do governo. “Queremos mais autonomia para o setor e não que o esporte fique apenas como um braço de uma secretaria.”
O coordenador de grupo de servidores da Fesporte, Santur e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Alzeni Machado, entregou um documento a todos os deputados integrantes da frente parlamentar alertando para o “desmantelamento” dos três setores com a reforma administrativa enviada pelo governo do Estado. Pediu que seja promovido uma audiência pública para questionar a mudança de estrutura e que os deputados defendam a continuidade de uma Secretaria de Estado para o Turismo, Cultura e Esporte. “Estamos levantando dados da importância econômica e social destes três setores para apresentar aos deputados e ao governo. Somente a Fesporte, com dez eventos estaduais, movimentou em torno de R$ 70 milhões de retorno aos municípios onde foram realizados.”
O presidente da Fesporte, Rui Godinho, defendeu que a frente parlamentar trabalhe para que a entidade tenha autonomia administrativa e financeira, com a criação de um fundo específico para estimular as competições esportivas. Pediu ainda que o Plano Estadual de Esporte e Lazer (PEEL) seja regulamentado na Assembleia Legislativa, para que o governo do estado tenha uma política pública para o setor. “Infelizmente hoje nós não temos dados históricos e econômicos da Fesporte e não temos autonomia financeira, por isso defendemos a criação deste fundo e a implantação do Plano Estadual de Esporte.”
Manifestaram apoio aos trabalhos da frente parlamentar do esporte os deputados: Fabiano da Luz (PT), Jessé Lopes (PSL), Coronel Mocellin (PSL), Paulinha (PDT), Laércio Schuster (PSB), Luciane Carminatti (PT), Marcius Machado (PR), Ricardo Alba (PSL) e Sergio Motta (PRB).
Informações: Agência Alesc