Veja, na íntegra, artigo publicado pelo professor Markus Nahas (CREF 000150-G/SC) no Diário Catarinense do dia 24 de setembro.
Artigo
Vivemos uma época em que muito se fala em saúde e qualidade de vida e as pessoas parecem mais conscientes da importância de manter um estilo de vida saudável para ter mais disposição, prevenir doenças e aumentar as chances de uma vida mais longa. Diversos fatores têm possibilitado avançar nesta direção, destacando-se algumas mudanças no ambiente (como a qualidade da água e o tratamento de esgotos); os avanços das ciências médicas; e mais recentemente as mudanças positivas no estilo de vida das pessoas.
Mais do que nunca nosso estilo de vida tem afetado a qualidade de nossas vidas e por quanto tempo vivemos. Isso vale para todas as etapas da vida humana, da infância à idade mais avançada. Apesar de não se ter uma receita mágica que garanta saúde e longevidade, tem-se as evidências científicas recentes e as observações milenares de que certos comportamentos e decisões ao longo da vida aumentam ou diminuem as chances de se alcançar uma vida longa, conservando a autonomia e uma percepção positiva de bem-estar.
Por estilo de vida entende-se a forma como as pessoas vivem, decorrente das escolhas relacionadas com cultura, religião, hábitos familiares, condição socioeconômica e educacional. Assim, nosso “jeito de viver” depende de nossas escolhas, que, em última análise, decorrem das oportunidades oferecidas pelas condições de vida de cada um. Em outras palavras, as escolhas não podem ir além do “cardápio” que a vida nos oferece. Cabe à sociedade – instituições públicas e privadas, escolas, órgãos governamentais em geral – garantir um leque de oportunidades para que pessoas bem informadas e motivadas possam transformar em ações essas atitudes e intenções positivas.
Para avaliar o estilo de vida e promover mudanças, propus o modelo “Pentáculo do Bem-Estar”, que permite autoavaliação e identificação de fatores que podem melhorar o cotidiano visando mais qualidade. São eles: alimentação, atividade física, controle do estresse, relacionamentos e comportamento preventivo.