Jornal A Notícia, de Jaraguá do Sul, destacou as brincadeiras com o alfabeto durante as aulas de Educação Física, projeto realizado pelo Professor Hermes Toledo Praxedes (CREF 008646-G/SC). Veja a matéria publicada em 26 de agosto:
Projeto interdisciplinar ajuda alunos de Guaramirim na alfabetização, no Norte de SC
Brincadeiras com o alfabeto durante as aulas de educação física são um incentivo para os alunos do 1º ano da da Escola Municipal Urbano Teixeira da Fonseca
Sair da rotina da sala de aula para aprender brincando, assim é o projeto de alfabetização interdisciplinar da Escola Municipal Urbano Teixeira da Fonseca, de Guaramirim. Ao todo, 74 alunos do 1º ano aprendem portuguêsnas aulas de educação física para superar as dificuldades do bê-á-bá.
Após as professores do 1º ano realizarem um curso de capacitação pelo Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa, surgiu a ideia do projeto. Segundo a professora Eugênia Fröhlich Jacomeli, na fase dos seis ao sete anos é essencial que a criança saia sem nenhuma dificuldade para a próxima série. Por isso, uma forma lúdica de aprendizado foi a mais viável para que os alunos aprendessem e gostassem de português.
– As professoras me repassaram que os alunos não estavam conseguindo diferenciar as consoantes das vogais. Então, criamos o pega-pega do alfabeto – explica professor de educação física, Hermes Toledo Praxedes.
Na brincadeira, o aluno tem de falar a letra que está em jogo: consoante ou vogal, sem repetir a que o último colega falou. Se errar, pode ser pego. Se acertar, o colega não pode pegá-lo.
Com o desenvolvimento dos estudantes no português e na parte motora, eles estão realizando uma apresentação para o aniversário de 65 anos de Guaramirim, na próxima quinta-feira. Nela irão formar frases com as letras que cada aluno é responsável, por exemplo: Parabéns Guaramirim.
– Percebemos que eles ainda não definiram a lateralidade, se vão escrever com a direita ou esquerda, mas é perceptível o crescimento com as aulas de educação física. Nesses dois meses de projeto, notamos que eles ficaram mais empolgados em sala de aula, ao reconhecer a letra que estava brincando ou que estava com o colega – afirma Eugênia.
Conforme a professora Eugênia, muitos alunos não têm maturidade para estar no 1º ano, o que dificulta o aprendizado. Outros têm problemas como hiperatividade e dislexia, que, se detectados na fase de alfabetização, que vai até o 3º ano, o aluno tem maior chance de progredir.
– Com essas novas técnicas que aplicamos, percebemos que mudamos a forma de dar aula. Conseguimos alternativas dentro das disciplinas mais leves para os alunos se interessarem por esses conteúdos. É o reaprender a dar aula – enfatiza a professora, Rita Paupitz.
O objetivo dos professores é dar continuidade ao projeto e criar novos projetos para as demais turmas. Segundo Praxedes, desejam que sirva de exemplo para que outras escolas sigam o modelo e apliquem com suas alunos, assim melhorando a educação em todo o Brasil.}
Foto: Maykon Lammerhirt / Agência RBS