Um dos estereótipos mais comuns entre as pessoas é a ideia de que os alunos inteligentes são inimigos dos esportes. Imaginamos os “gênios” das salas de aulas sentados durante horas em uma escrivaninha lotada de livros e enciclopédias, muito longe de qualquer bola ou quadra de esportes. Porém, para a surpresa de muitos, diversas pesquisas têm mostrado exatamente o contrário.
Os resultados da pesquisa Gateshead Millennium Study (GMS), feita em longo prazo com mais de mil crianças e suas famílias desde 1999, mostrou que crianças com idades entre 8 e 10 anos passam mais de 80% de seu tempo com comportamentos sedentários e isso está afetando negativamente seu sucesso acadêmico. Outro estudo, realizado por pesquisadores alemães, mostrou que altos níveis de atividade física possuem um relacionamento altamente positivo com os níveis de desempenho escolar.
Os relatórios científicos oferecem diversas razões para essa relação, entre elas, o fato de que, quando os indivíduos se exercitam os fluxos de sangue e oxigênio no sangue aumentam, o que influencia de maneira positiva as funcionalidades do cérebro, como a capacidade cognitiva e de memória.
Para ajudar seus alunos a se exercitarem e aproveitarem os benefícios que isso traz tanto para a saúde quanto para as notas, confira quatro dicas:
Se possível, você pode fazer aulas externas com seus alunos. Mais do que passeios, esse tipo de aula permite que eles entrem em contato direto com aquilo que é transmitido em sala de aula. Em aulas de história e biologia, por exemplo, é possível levar os estudantes para museus, zoológicos e parques botânicos.
Esse tipo de atividade pode ser realizado em praticamente todas as áreas de estudo. Quando apresentar novos conceitos, você pode pedir que os alunos montem pequenas peças de teatro, musicais ou outros tipos de performance e encenações sobre os conteúdos teóricos.
Durante horários específicos você pode trocar as cadeiras utilizadas em laboratórios de informática ou em sala de aula por bolas de ginástica. Esse tipo de atividade vai desafiar os alunos com capacidade de equilíbrio e concentração.
Ao invés de utilizar o formato tradicional de disposição de cadeira, coloque seus alunos para se movimentar ao redor de uma roda durante um debate sobre determinado assunto. A partir disso você pode usar a criatividade e organizar diferentes atividades que promovam o engajamento e movimentação física ao mesmo tempo em que os alunos aprendem.
Fonte: Universia Brasil