Apesar da arbitragem nas diversas modalidades esportivas não ser exclusividade dos profissionais de Educação Física, a maioria dos árbitros que atuam no Voleibol em Santa Catarina e no Brasil são formados em EF. Cada vez mais a arbitragem se constitui em uma ótima alternativa de trabalho para muitos profissionais de Educação Física.
Muita dedicação, concentração e estudo das regras são características que fazem um bom árbitro de voleibol. Destaques na arbitragem catarinense e brasileira, Maurício Scharf (CREF 000282-G/SC) e Paulo Luis Beal (CREF 000802-G/SC) e apitaram as finais da Super Liga Masculina e Feminina deste ano e contam um pouco sobre a atuação em entrevista ao CREF3/SC:
CREF3/SC – Como foi ser escalado para apitar, sendo representante da Federação Catarinense de Voleibol?
Maurício Scharf – A escala é feita pela confederação e vem agraciar as boas atuações durante a temporada, pois a superliga deste ano foi bem disputada. Representar a Federação Catarinense é sempre gratificante ainda mais sendo árbitro na categoria nacional, pois o Departamento de Arbitragem vem realizando um excelente trabalho na preparação da arbitragem de SC.
Paulo Beal – A escalação veio para premiar nosso trabalho, aliado ao trabalho sério dos nossos coordenadores de arbitragem Salvador Bononi e Margareth Nercolini e também do nosso presidente, Dante Klaser.
CREF3/SC – Como é o mercado nessa área?
Maurício Scharf – O mercado é amplo, pois temos varias competições, tanto na federação como eventos da Fesporte.
Paulo Beal – Hoje o mercado em arbitragem é considerado bom. Temos jogos o ano todo, seja em campeonatos Estaduais, através da Federação Catarinense de Voleibol, os jogos da Fesporte (JESC/OLESC/JOGUINHOS e JASC) e de dezembro a abril a Superliga, que é uma competição da Confederação Brasileira de Voleibol, além dos jogos internacionais, ou seja, Sul Americanos, Mundiais, etc. O mercado é bom, mas tudo isso depende de um bom desempenho do profissional em quadra.
CREF3/SC – O que fazer para se tornar um bom árbitro?
Maurício Scharf – É preciso muita dedicação, estudo das regras, concentração, companheirismo. Uma coisa importante também é assistir jogos e prestar atenção na arbitragem e não na beleza do jogo, assim como não atropelar etapas.
Paulo Beal – A Federação Catarinense de Voleibol promove todos os anos o curso de formação para árbitros e apontadores de Voleibol, o inicio de toda a carreira. Para tornar-se um bom árbitro é preciso estudar muito as regras do jogo e também gostar muito de voleibol, além de saber escutar os mais experientes, sem esquecer-se da humildade.
CREF3/SC – Ser um profissional de Educação Física faz diferença na hora da arbitragem?
Maurício Scharf – Ajuda bastante, ter o conhecimento da área da Educação Física, tanto nos aspectos técnicos como na fundamentação teórica.
Paulo Beal – Acredito que sim, ajuda muito, afinal nós temos tudo a ver com o esporte.
CREF3/SC – Qual a importância para o seu trabalho?
Maurício Scharf – Me gratifica muito, ao final da temporada, ver o meu trabalho ter importância e reconhecimento dos amigos, dos meus alunos que assistem aos jogos que atuo. Isso faz com eu procure manter sempre o nível das atuações nas partidas que virão.
Paulo Beal – Hoje estou na função de Diretor de Escola, mas recebo elogios dos meus alunos e de toda a comunidade escolar e também dos meus chefes da Gerência Regional de Educação. Para mim é de suma importância, pois no momento eu sou o único árbitro internacional de voleibol da Federação Catarinense e nascido em Água Doce Santa Catarina, Catarinense com muito orgulho.
Para o presidente do CREF3/SC, Marino Tessari, o bom trabalho vem sendo recompensado. “Ficamos muito orgulhosos pela atuação dos nossos colegas nas finais da Superliga Masculina e Feminina de Voleibol. Consideramos que foi um prêmio pelo belo trabalho realizado na arbitragem pelos mesmos em Santa Catarina e no Brasil”, comentou.