A melhoria da saúde e do bem-estar dos trabalhadores foi um dos assuntos do primeiro dia da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense 2015, realizada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), entre os dias 20 e 22 de maio. O encontro debate temas fundamentais para o desenvolvimento do setor industrial nos próximos anos e conta com a presença de empresários, diretores e gerentes, autoridades, representantes de universidades e dirigentes de sindicatos de indústria. O presidente do CREF3/SC, Eloir Edilsom Simm, marcou presença no evento, que contou também com a participação da conselheira e presidente da Comissão de Ginástica Laboral, Fabiana de Figueiredo Ribeiro (CREF 009944-G/SC).
Robert Karch, fundador do International Institute of Health Promotion (IIHP) e pioneiro na integração da saúde, qualidade de vida e performance nas organizações, defendeu que a promoção da saúde deve ser avaliada na sua totalidade e todo o investimento deve começar no indivíduo. “É quase impossível a existência de uma companhia de qualidade composta por empregados sem saúde. Se eu não tenho saúde como indivíduo é muito difícil ser um membro da sociedade funcional. Tendo um empregado saudável se cria uma força de trabalho saudável”, disse Karch, destacando ainda que as pessoas devem ser proativas e promover a saúde do indivíduo integralmente.
O presidente da Associação Internacional de Promoção da Saúde (IAWHP), George Pfeiffer, posicionou a promoção da saúde a partir de uma perspectiva mais ampla, pensando também no contexto de um trabalhador como um todo. “Devemos olhar para a promoção da saúde como uma estratégia de sustentabilidade para os negócios. Se a promoção da saúde do trabalhador é meramente uma tática, ela pode ser facilmente substituída se não oferecer os resultados esperados”, disse. Pfeiffer atua há 42 anos na área de promoção da saúde no ambiente de trabalho, tendo publicações citadas no New York Times, Business Week, Fortune Washington Post, dentre outros. É fundador e presidente da organização The Work Care Group.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou a necessidade de ações capazes de reverter esse quadro que afeta a produtividade. “Dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial revelam que os principais fatores que afetam o desempenho dos trabalhadores estão relacionados ao estilo de vida, tais como distúrbio de sono, dores nas costas e no pescoço, colesterol alto, ansiedade e hipertensão. Estes males geram impactos como presenteísmo (presença física com baixa produtividade), gastos com assistência médica, absenteísmo (falta ao trabalho) e incapacitação no médio e longo prazo”, pontuou Côrte, enfatizando que, no futuro, poucas empresas estarão preparadas para pagar as contas de custos com a saúde, a menos que se antecipem e cuidem dos seus trabalhadores.
Com informações da FIESC