Executar pequenas atividades diárias é tarefa simples para muitas pessoas. No caso de Maurício Mafra, colaborador da Tupy, empresa de fundição de Joinville, o esforço era maior devido a uma atrofia no braço esquerdo, causada por um problema ocorrido durante o seu nascimento. Durante anos, Mafra conformou-se com sua limitação, mas em 2009 decidiu frequentar a academia disponibilizada pela empresa para fortalecer a musculatura do braço esquerdo. O objetivo maior era deixar de dirigir carros adaptados, liberdade conquistada este ano ao renovar a carteira de habilitação sem restrições.
Maurício conta que sempre enfrentou barreiras impostas pela sua deficiência. “Os desafios começaram com o primeiro emprego, até ser aprovado para obter carteira de motorista. Minha primeira habilitação foi em 1998, com restrição para carro com direção hidráulica e câmbio automático. Depois de 11 anos, realizei os exames médicos necessários e fui liberado a frequentar a academia da Tupy”, lembra. Mafra marcava presença até três vezes por semana. “Senti uma boa diferença na musculatura do braço esquerdo nos dois primeiros anos. Aí eles renovaram a estrutura da academia, que ficou ainda melhor para os treinamentos específicos”.
Mafra recebeu auxílio de Maurício Frech, orientador da academia que é mantida pelo SESI, uma entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Ele acompanhou diariamente o esforço do colaborador da Tupy. “No início, recorri ao treino bilateral, no qual os dois lados do corpo são estimulados durante a atividade física. No entanto, os avanços eram mínimos porque ele não podia utilizar muita carga”, lembra o orientador do SESI. Ao procurar uma solução para o caso de Mafra, ele leu artigos científicos que demonstravam a eficiência de treinos unilaterais. “Intensificamos o treino dos membros do lado direito, dessa forma o lado esquerdo também se beneficiou. Foi assim que personalizei o programa de atividades dele na academia”, explica. Mafra também tinha dificuldade de locomoção e aperfeiçoou os movimentos depois que começou a treinar.
Após dois meses de treinos unilaterais, Mafra renovou sua carteira de habilitação. “Passei por uma nova junta médica e o resultado foi surpreendente, pois hoje tenho força mais que suficiente para dirigir um carro normal, graças ao treinamento específico que estou fazendo”, conta. Mafra continua a treinar na Academia do SESI e se orgulha do resultado obtido com tanto esforço. “A adoção de um estilo de vida assim foi fundamental para garantir condições físicas melhores e estou feliz com os efeitos dessa escolha”, conclui.
Por Elida Hack Ruivo | Assessoria de Imprensa do SESI
Mafra se orgulha do resultado obtido a partir do esforço dispensado
no treinamento. (Foto: divulgação/SESI).