Tênis, shorts e camiseta. Pode não ser necessário um monte de adereços para alcançar o bem estar físico e mental atribuído à corrida. “É prático, é barato, é fácil. É um fenômeno mundial”, comenta o professor de educação física Norton Martins de Freitas. Mas, além de determinação para manter a prática, especialistas alertam que qualquer atividade física deve ser encarada como medicamento. Como todo remédio, a diferença está na prescrição e na dose. O Globo News Saúde falou com especialistas e mostra um guia para ajudar nos primeiros passos.
– Procure ajuda especializada. O cardiologista Claudio Gil Soares de Araujo, especialista em Medicina do Exercício, explica que as chances de sucesso são maiores quando a atividade é tem orientação. “Só um profissional especializado vai poder orientar qual é a dose certa”, diz.
– Escolha o tênis adequado. Sua pisada pode ser neutra, pronada – de quem pisa mais para dentro – ou supinada – no caso dos que pisam mais para fora. O calçado interfere no impacto.
– Use roupas apropriadas. O Dr. Araújo indica roupas que facilitem a troca de calor. “São os tecidos chamados ‘dry fit’, que absorvem calor e suor com facilidade”. Além disso, ele sugere o uso de shorts mais longos, para evitar o atrito entre as coxas.
– Comece caminhando. O professor de Educação Física Norton Martins de Freitas diz que, para quem está começando, o ideal é caminhar e aumentar a intensidade do exercício aos poucos. “Quando começar a correr, fazer isso com intervalos. Três vezes por semana. Trotar alguns minutos e caminhar outros”, explica.
– Cuide da técnica. Parece simples, mas existe uma técnica para correr. É isso que afirma o médico. Ele dá exemplos: “Se os seus pés estão fazendo barulho no solo, está errado. Significa impacto”; “A respiração correta é com a boca aberta. O nariz é um acessório para entrada e saída do ar. Deixe o corpo tomar controle do ar que ele precisa. Se você tentar fixar, você vai dificultar e não vai fazer bem feito”; “A coluna deve ficar reta. O braço é apenas para te equilibrar. O pé entra com o calcanhar e sai com a ponta do pé”.
– Fique atento à velocidade. “Como não temos quatro patas, ou a gente anda, ou corre”, comenta o médico. Ele explica que uma velocidade entre 6km/h e 8km/h é tecnicamente ruim para as duas atividades.
– Fortaleça a musculatura. “A musculação ajuda a evitar lesões. Complementa muito bem a corrida”, garante o professor.
– Dê atenção aos sinais. Se você se tomou os cuidados básicos e sente dores depois das corridas, informe seu médico. “Ignorar a dor pode evoluir para uma fratura de estresse”, alerta o professor.
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